A colecção Caminhos da Arte Portuguesa no século XX é constituída por 42 livros.

Pretende preencher um vazio editorial nesta área do conhecimento, uma vez que, até ao momento, não existe uma colecção, tematicamente organizada, desenvolvida em torno das obras de alguns dos principais artistas portugueses do século. Pretende-se, em cada título, fazer uma leitura interpretativa, aprofundada e analítica das respectivas obras do artista tratado, através de uma abordagem transversal, capaz de compreender igualmente a época do artista, a sua importância e a especificidade da sua obra no contexto português e, quando e quanto possível, internacional. Assim, a colecção deverá ser capaz de dar conta simultaneamente da expressão artística e do pensamento crítico em Portugal nos finais do século XX.

Destinando-se, embora, a um público vasto e generalista que insistentemente tem vindo a acrescer o seu interesse pelas temáticas da arte portuguesa do século XX, pode servir simultaneamente a um público mais especificamente universitário, quer do lado discente quer do lado docente, uma vez que as bibliografias nesta área são escassas.

Uma tal colecção poderia tornar-se referencial no plano de um aprofundamento cultural, cujo evidente índice de interesse se pode aferir pelos surpreendentes números estatísticos relativos à frequência dos museus portugueses que se debruçam sobre esta época.

Considere-se ainda que as edições de catálogos monográficos dedicados a alguns destes artistas incluídos na colecção têm vindo a esgotar em publicações de tiragem significativa, quando o preço de capa dos referidos catálogos ascende a valores incomparavelmente superiores aos valores propostos para a nossa colecção.

A acrescer ainda que os referidos catálogos são normalmente escritos por um leque de autores que nesta colecção subscrevem estes textos, e que os mesmos autores desempenham hoje, na sua maioria, cargos institucionais do maior relevo — professores universitários, directores de museus, responsáveis editoriais da crítica nos principais jornais.

Finalmente, a qualidade das obras reproduzidas, a sua selecção em algumas das principais colecções institucionais e privadas portuguesas, bem como o seu número (35 imagens) por volume monográfico permitem, em geral, sintetizar a obra dos artistas seleccionados, constituindo-se assim cada volume como uma mini-retrospectiva da obra de cada artista. Eis uma oportunidade, mais uma vez para o público português, de se relacionar concretamente com a cultura do seu país